Depois de momentos traumáticos como vestibular e alistamento militar, achei que aprender a dirigir fosse fácil. Talvez não tão simples, mas tambem não complicado. Mas o que seria da vida sem as surpresas?
O trauma já começa pela figura do instrutor: um cidadão falante do idioma surfistês, cheio de gírias , e que não aceita contestações. Depois vem o fato de se aprender a dirigir em um bairro movimentado, que é a praça seca ( não, as primeiras aulas não foram em um bairro pacato onde você somente precisa se preocupar em realmente aprender a desvendar o automóvel).
Nervos de aço são necessários pra entrar nessa selva de loucos que é o trânsito ( com um instrutor!). É instrutor gritando pra um lado, carros pedindo passagem por outro, seus olhos frenéticos percorrendo todos os retrovisores possíveis e imaginarios, instrutor gritando, estresse, instrutor gritando!
Primeiramente a questão é o meio fio: a idéia que se tem é tentar andar afastado dele. Mas para o motorista de primeiras viagem, ver o meio fio de quina não é algo muito agradável. Depois vêm as ruas com buracos. Quem consegue desviar deles? ou melhor: quem consegue aprender a dirigir com eles? E como se não bastasse, ainda existem os pedestres que não têm noção de perigo, e se atrevem a atravessar a rua em frente a um carro de AUTO-ESCOLA sem nenhum receio!
Traumas à parte, acho que estou conseguindo absorver algo. OU melhor, estou conseguindo deduzir algo. Com os gritos nada esclarecedores do instrutor estou sendo, mais uma vez, um autodidata.